12 de set. de 2014

Poema: O bêbado

Hoje é sexta-feira e para entrar no ritmo de final de semana escolhi um poeminha que escrevi há muito tempo.

A idéia é fazer uma homenagem àqueles que já tomaram um pileque por causa de uma dor de cotovelo, porque o chefe é uma mala ou porque simplesmente queriam se desinibir um pouquinho e acabam chorando, dando vexame... Quem nunca passou por isso? Vale também para os comportados que curtem uma taça de vinho em casa para relaxar.


O bêbado 

Adoro cachaça 
Deito embriagado, faço juramentos eternos e canto hinos patéticos.
Inconveniente não paro de me lamentar.
Mentir é difícil quando a cachaça começa a queimar.
Quando o fogo vai passando, quero rever a saideira.
Cigarros na mesa e amanhã dor de cabeça.
Já entorno o que vier.
Troco até as pernas, mas não confundo as pernas de uma bela mulher.
Porém, afasto todas com o meu bafo de bode e então, fico chorando lágrimas de crocodilo.
Acordo acompanhado apenas da ressaca e permaneço sozinho.
Dura a vida de um bêbado vadio.
Ninguém para me escutar.
Sinto-me um lobo uivando perdido, tentando até a lua chegar.

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