2 de set. de 2014

MEDUSA

Havia muito tempo que não escrevia um poema. Mas, um episódio recente me deu muita inspiração para escrever essas linhas abaixo:

Escultura Head of Medusa. Marble, 1630: Gian Lorenzo Bernini (Italian, 1598–1680) and students
 
Suas palavras escorrem da sua boca como chorume
Sua beleza petrificante se dissolve e a atmosfera em sua volta torna-se nebulosa, tudo perde o brilho como um falso diamante.
Você vive infeliz, como se uma nuvem carregada te persseguisse fazendo de todas suas tardes chuvosas.
Em momentos de
cólera sua presença exala azedume.
Seus cabelos crispam e com seu jeito de megera você vomita palavras insensatas, como sempre é de costume.
Prefiro até comer baratas à suportar seus insultos.
Seus problemas não me dizem respeito.
Nem o seu despeito e nem seus tumultos.
Então, não me venha como um ônibus desgovernardo tentando me atropelar.
Eu sou como um pedestre que caminha despreocupado querendo ao meu destino chegar.
Não jogue sobre mim suas frustações e suas neuras.
Cada um tem sua vida e seus próprios  problemas.
Como uma medusa você tenta me petrificar, então não escuto suas palavras e desvio o meu olhar.
Faça o seguinte: torne o espelho para sua própria direção e você verá, que quem tem cabelos de cobras é você, eu não!
Não me dê sua cabeça de bandeja, porque tomada pela raiva sou capaz de me transformar em Perseu!

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